Imagine morar numa casa sem, muros onde nos quintais da frente e de trás as árvores frutíferas se inclinam até tocar o solo, de tantas frutas: verdes, inchadas ou maduras.
Imagine que nem mesmo as crianças mais pobres, tinham o pensamento para jogar uma pedra numa fruta das árvores ou roubá-la por motivo de fome.
Imagine uma casa em que o prazer dos moradores era oferecer ao seu vizinho, algo gostoso para comer ou oferecer algum tipo de ajuda, em todos os dias do ano.
Imagine um lugar para morar, onde você poderia dormir em sua rede no terraço, sem nenhum tipo de muro ou proteção eletrônica.
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Você poderia pensar.
Mas esse lugar é algum interior, de alguma cidade.
Pode até ainda ser; mas esse lugar foi o “Caxito”.
Sim, o Caxito.
O Caxito é um lugarejo próximo entre Caxangá, Cidade Universitária e Várzea.
O Caxito que tinha seus valores, como muitos outros lugares próximos, num tempo não muito distante.
Algumas lembranças que ficaram:
O chafariz de “Seu Alves”.
A igrejinha de S. João.
Pequena e simples, porém se agente ficasse bem atento nas missas, dava pra escutar o Nosso Senhor falando conosco.
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Há, o Natal !!
Dizem que faz parte da festa o esperar e construir a festa. Acho que vivi e vivo isto ainda. Principalmente no passado.
Sou um pouco suspeito pra falar do Natal, porque vejo beleza, brilho e luz em tudo.
Na frente da Igreja ainda vejo o presépio; se me concentar, ainda dá pra participar do evento junto com Gaspar, Melquior e Baltazar e escutar os animais ali; junto com Maria, José e o bebê.
O padre e a homilia. Gostava de ouvi-lo falar.
As musicas me encantam até hoje:
...Natal, natal das crianças...
...Este ano, quero paz no meu coração...
...Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter...
...Hoje a noite é bela, vamos a capela...
Após estas lembranças, creio não ser muito diferente em outros lugares. Aproveito então esse clima para desejar a todos os amigos, voluntários, leitores; TODOS.