(foto:little-angel.blogs.sapo)
Caros amigos e voluntários.
Vale a pena ver o artigo do Dr. Demóstenes (Central do Voluntariado de Minas Gerais) e continuarmos a fazer o trabalho conforme planejamos, mesmo que pareça pouco, mesmo que pareça devagar. Continuemos! Um novo jeito de ver, sentir e cuidar de transformação social (Demóstenes Romano Filho)
“Não há esperança de encontrarmos uma quantidade suficiente de couro que cubra toda a Terra para que não espetemos nossos pés, mas na verdade isto não é necessário: basta um pedaço de couro para cobrirmos as solas dos nossos pés”. Santhideva
Se “é preciso toda uma aldeia para educar uma criança”, como diz um antigo e sábio ditado tribal, imagine esta necessidade agora, quando aumenta o número de pais e mães que são levados a dedicar mais tempo ao trabalho do que aos filhos, para manter a família e, não raramente, por razões de afirmação e sobrevivência emocional. Isto se agrava em famílias de baixa renda, quando muitos pais estão em casa por falta de condições de arranjar um emprego e, por isso também, às vezes precisam de escolaridade e de apoio emocional mais do que seus filhos, expostos a influências maiores do que a sua educação familiar e em sentido contrário a virtudes e valores de seu grupo social.
Cada criança, cada adolescente, cada jovem, cada adulto e cada idoso, por mais excluído que seja, tem um talento ou mais de um talento e quase sempre uma das razões de seus fracassos sociais é a falta de aproveitamento de suas potencialidades, porque, geralmente, cada um deles e todos eles são vistos como menos capazes e, por isso, tratados mais em suas necessidades materiais (comidas, agasalhos, esmolas) do que em suas necessidades essenciais (auto-estima elevada, empreendedorismo, equilíbrio emocional, êxitos, etc) ou em suas potencialidades (capacidade de aprender, motivação para evoluir, vontade de produzir e de consumir, etc). "
... a) o voluntário, como ator social e agente de transformação, é aquele que presta serviços não remunerados em benefício de alguma causa social e que, ao aplicar tempo e conhecimentos, realiza um trabalho gerado pelo seu impulso solidário, atendendo tanto às necessidades do próximo ou aos imperativos a causa, como as suas próprias motivações pessoais, sejam elas de caráter religioso, cultural, filosófico, político, emocional;
b) tanto é relevante o valor social do trabalho voluntário, enquanto expressão de uma ética de solidariedade, como também seu valor para quem o executa, enquanto fator de crescimento pessoal, o voluntário é motivado pelo desejo de melhorar a comunidade ou auxiliar pessoas que às vezes nem conhece e se reforça no sentimento de auto-realização que preenche suas necessidades interiores de transcendência do interesse meramente pessoal;"
Um grande abraço para todos e continuemos o trabalho.
Damião.
FAZER A MUDANÇA (ARTIGO 002/2008)
(nadialopes2.blogger.com.br)
Caros amigos e voluntários.
Segue um texto que recebi pela internet; bem dentro da filosofia da VAL e divido agora com vocês.
Um grande abraço para todos.
Damião.
FAZER
Acho que quando a gente perder a capacidade de se indignar com o sofrimento alheio, que não constrói, isso sim, é que é o fim.
Não faz muito tempo, os muros da maioria das casas do meu bairro, eram de belas cercas de papoulas. Os cachorros nos quintais eram vira-latas, mais ainda cachorros. Algumas casas criavam galinhas, patos e marrecos. A infância era com jogo de botões, comprado na sertãzinha na cidade, ou feitos de baquelite. Jogar peladas, pular academia,brincar com carrinhos de latas com areia, albuns com figurinhas... Nos ônibus era motivo de orgulho ceder o lugar à idosos, gestantes ou mulheres com crianças de colo. Nas praças conhecia-se o jardineiro da praça e as plantas eram cuidadas como se fossem suas companheiras; e pisar na grama era errado. Em algumas escolas quando o professor entrava na sala, todos se levantavam. Na hora de dormir, pedir a benção de pai e mãe; algumas vezes uma bela história, a oração para a comunhão com nosso criador antes de dormir. Não lembro quem foi, mas alguém me disse, não faz muito tempo; que em breve estaríamos comprando água para beber nas prateleiras, e eu sorri. Quando me falam que na Europa já vendem oxigênio em garrafas, eu já não sorrio...
Estamos cada vez mais informados e cada vez menos informados. Muitos falam, escrevem, informam, formam... Eu poderia ser mais um a ficar calado. Mas não posso; perdoem-me se continuo.
Quando você não conhece nem faz questão de conhecer o seu vizinho. Quando perdermos a capacidade de nos indignarmos com o que lemos nos jornais, vemos na tv, ou vemos nas ruas sobre o sofimento que não constrói. Quando não somos capazes de perder com equilíbrio. Quando não queremos aprender com o passado e com as “derrotas”, e vivemos em mudanças sem análises; perdemos a identidade e rumo de humanidade; estaremos perdidos dentro de nós em agonia, e levando sofrimento ao nosso redor; até que pela bondade divina nos encontremos para o devido e justo reparo.
Acho que estamos perdendo algumas palavras e seus sentidos: respeito, equilíbrio, misericórdia, amor...
Faz-se necessário e com urgência, a busca desses valores.
Faz-se necessário sair de casa, ver como está sua rua, perder o medo ou comodidade e andar um pouco em seu quarteirão. Mostre-se um pouco, as crianças com certeza verão você; elas são mais observadoras do mundo ao redor. Saia na frente, e dê o bom dia. Converse com os mais humildes. Se puder, dê 2 aos que tentam lhe tirar 1; conforme já foi ensinado.
Continue a caminhada e veja se reconhece alguém. Olhe a beleza das casas, antes que os muros sejam mais altos com cercas eletrizadas, com espetos e com feras de proteção. Seja realmente um Vizinho... Não tenha medo dos pedidos, ensine-os a pescar. Você já pode!
Não tenha medo de perder. Nada disso é de ninguém, somos apenas convidados nesta casa.
Gosto de uma frase dita no futebol, quando o locutor pede para que o melhor jogador do time, chame para si a responsabilidade. Sim, porque ele agora tem crédito para isso, ele agora pode errar quando arriscar em prol do seu grupo.
Muito do que foi dito, centenas de pessoas capacitadas já disseram.
Faço questão de dizer; porém faço questão também de fazer.
Não dá pra ficar apenas no pedir.
Temos que sentir o que foi dito: “cada um de vós pode fazer o que eu faço, e muito mais”.
Dói tanto ódio, tanto egoísmo, tanto medo, tanto sofrimento, tanta ignorância...
Comece aprendendo, comece ajudando, mas comece...
Faz-se necessário agora parar e pensar.
Faz-se necessário agora iniciar a mudança.
Faz-se necessário atitude para continuar a mudança.
Faz-se necessário fazer.
(A. Madagascar)
A FESTA DE NATAL (ARTIGO 003/2008)
(Olhares fotografia on line)
A FESTA DE NATAL
Imagine morar numa casa sem, muros onde nos quintais da frente e de trás as árvores frutíferas se inclinam até tocar o solo, de tantas frutas: verdes, inchadas ou maduras.
Imagine que nem mesmo as crianças mais pobres, tinham o pensamento para jogar uma pedra numa fruta das árvores ou roubá-la por motivo de fome.
Imagine uma casa em que o prazer dos moradores era oferecer ao seu vizinho, algo gostoso para comer ou oferecer algum tipo de ajuda, em todos os dias do ano.
Imagine um lugar para morar, onde você poderia dormir em sua rede no terraço, sem nenhum tipo de muro ou proteção eletrônica.
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Você poderia pensar.
Mas esse lugar é algum interior, de alguma cidade.
Pode até ainda ser; mas esse lugar foi o “Caxito”. Sim, o Caxito.
O Caxito é um lugarejo próximo entre Caxangá, Cidade Universitária e Várzea.
O Caxito que tinha seus valores, como muitos outros lugares próximos, num tempo não muito distante.
Lembranças que precisam trazer, para que não fique como fantasia com o passar do tempo e nos sirva como metas possíveis.
Algumas lembranças que ficaram:
O Palmeiras futebol clube.
Sua sede ficava no centro do bairro. Gostava de ver os atletas. Craques que jogavam por diversão e faziam nossa alegria.
Nos finais de semana, na parte do dia o futebol que envolvia muitos apaixonados, e a noite o baile na sede do clube, para os que gostavam de dançar.
Tudo com muita organização e respeito.
A velha estrada da fábrica da BRASILIT.
Nesse tempo apenas 2 ônibus rodando. Ainda não tinha asfalto e era tudo barro e muita poeira no trecho da fábrica até a avenida Caxangá. Porém já não era mais necessário caminhar 3km até a avenida para chegar nos ônibus que levavam ao centro da cidade, principalmente no inverno e durante a noite.
O progresso chegava.
O chafariz de “Seu Alves”.
Apesar do esforço, era uma verdadeira festa pela manhã; pois a “água encanada” era apenas por algumas horas. Uma enorme fila de pessoas e latas para carregar a água.
Muitos ganhavam dinheiro transportando água para algumas residências em "galões" (madeira e corda adaptada para transporte com as costas).
Em muitas casas existiam as "bombas manuais", para sucção da água do solo, movidas manualmente. Fazia-se necessário "tocar a água" todo dia.
A lavandaria ao lado do chafariz, aos poucos foi adaptada para ser Escola Municipal Padre Pedro Graf.
A mudança foi tão rápida que foi deixado por um tempo os mesmos combongós nas paredes. Os alunos faziam a festa com os transeuntes que passavam na rua, para desespero das professoras. Nesse tempo a escola funcionava na igrejinha de S. João existente no bairro e finalmente chegava a Escola Municipal Zumbí dos Palmares, como é atualmente.
A igrejinha de S. João.
Pequena e simples, porém se agente ficasse bem atento nas missas, dava pra escutar o Nosso Senhor falando conosco.
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No período do Natal...
Há, o Natal !!
Dizem que faz parte da festa o esperar e construir a festa. Acho que vivi e vivo isto ainda. Principalmente no passado.
Sou um pouco suspeito pra falar do Natal, porque vejo beleza, brilho e luz em tudo.
Na frente da Igreja ainda vejo o presépio; se me concentar, ainda dá pra participar do evento junto com Gaspar, Melquior e Baltazar e escutar os animais ali; junto com Maria, José e o bebê. O padre e a homilia. Gostava de ouvi-lo falar.
As musicas me encantam até hoje:
...Natal, natal das crianças...
...Este ano, quero paz no meu coração...
...Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter...
...Hoje a noite é bela, vamos a capela...
As luzes das árvores de natal ainda hoje me paralizam um pouco.
A missa do galo!
Ficava sem entender que missa era essa. Depois fui entendendo. Tudo tinha ou pouco de magia e amor. Sempre pensando em sentir o criador bem pertinho...
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Após estas lembranças, creio não ser muito diferente em outros lugares. Aproveito então esse clima para desejar a todos os amigos, voluntários, leitores; TODOS.
FELIZ NATAL E FELIZ ANO DE 2009 COM MUITA PAZ , UNIÃO, SAUDE E AMOR; PARA QUE POSSAMOS FAZER AS MUDANÇAS MELHORES PARA TODOS.
Damião.
ATIVIDADES DO PROJETO VAL (ARTIGO 001/2009)
Amigos e voluntários.
Estamos iniciando mais um ano e breve retornaremos ao nosso trabalho na Escola Zumbí.
Antes, continuaremos com algumas reuniões de planejamento e avaliação, para reiniciar melhor nosso trabalho voluntário.
Hoje encontrei um artigo, que fala exatamente sobre uma das atividades que escolhemos para iniciar nosso trabalho.
Fiquei feliz por observar que em outros locais de destaque no país e exterior, o apoio nesse sentido está sendo dado.
Quem sabe poderemos conseguir este apoio por parte dos nossos governantes, a curto prazo, através do nosso grupo de voluntários, amigos, simpatizantes, comunidade e conseguir esse kit de XADREZ?
Vamos continuar juntos e trabalhando.
Abraços.
05/01/2009
Jogo de xadrez nas escolas
Alunos do ensino fundamental da rede municipal de educação de Campinas terão a partir de 2009 mais um instrumento para ajudá-los a alcançar uma educação de qualidade: o xadrez. A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), disponibilizou 500 kits do jogo para todas as Emefs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental).
Cada kit é composto por um tabuleiro oficial, peças e um livro que, além das regras, traz a história e explicações sobre o jogo.
Para que a prática seja efetivada e chegue aos alunos em cada unidade, os professores de todas as disciplinas dos últimos anos do ensino fundamental receberão curso teórico e prático sobre o xadrez, a ser ministrado pelo Cefortepe (Centro de Formação, Tecnologia e Pesquisa Educacional) da SME.
"O xadrez vai ser mais uma possibilidade de ensino nas escolas, e isso será possível por meio de várias disciplinas como educação física, história e matemática. Nosso objetivo é que até o fim do ensino fundamental os alunos estejam dominando o jogo e saiam da escola com mais esse conhecimento, que visa uma formação integral", afirma Neiva Toledo, coordenadora do Programa Arte e Movimento, do qual o projeto Xadrez faz parte.
Nas Emefs Professor Ciro Exel Magro; Odila Maia Rocha Brito; Raul Pila; Dr. João Alves dos Santos; Virgínia Mendes Antunes Vasconcelos; e Clotilde Barraquet Von Zuben, o projeto Xadrez já é desenvolvido e os resultados com os alunos são visíveis.
Desde os primeiros anos do ensino fundamental, as crianças já começam a se familiarizar com o jogo por meio da dama e, assim que passam para os anos finais, aprendem desde o nível básico, até o mais avançado do xadrez.
Concentração, raciocínio, disciplina são algumas das características desenvolvidas pelo jogo que ajudam na formação dos estudantes e nos desafios da vida.
Fonte: Ingrid Vogl – Portal Prefeitura de Campinas
TRABALHO VOLUNTÁRIO (ARTIGO 002/2009)
Foto: Abril.com
Um dia antes de tomar posse como novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama realizou trabalho voluntário em Washington. O democrata pintou um dos cômodos do "Sasha Bruce House", um abrigo para adolescentes na capital norte-americana.
Um dia antes de tomar posse como novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama realizou trabalho voluntário em Washington. O democrata pintou um dos cômodos do "Sasha Bruce House", um abrigo para adolescentes na capital norte-americana.
Caros amigos e voluntários.
Não é por acaso que a quantidade de trabalhadores voluntários cresce tanto. Faz-se necessário que as pessoas criem o hábito da solidariedade com todos. Sigamos esse hábito sugerido por Martin Luther King , de que devemos dispor de ao menos 1 dia por ano para realizar qualquer trabalho voluntário em benefício do próximo. Segue abaixo trechos de duas reportagens sobre o trabalho voluntário, realizado pelo novo presidente americano. Abraços, Damião. Seg, 19 Jan, 05h47 César Muñoz Acebes.
Washington, 19 jan (EFE).
Não é por acaso que a quantidade de trabalhadores voluntários cresce tanto. Faz-se necessário que as pessoas criem o hábito da solidariedade com todos. Sigamos esse hábito sugerido por Martin Luther King , de que devemos dispor de ao menos 1 dia por ano para realizar qualquer trabalho voluntário em benefício do próximo. Segue abaixo trechos de duas reportagens sobre o trabalho voluntário, realizado pelo novo presidente americano. Abraços, Damião. Seg, 19 Jan, 05h47 César Muñoz Acebes.
Washington, 19 jan (EFE).
Barack Obama se tornará amanhã o 44º presidente dos Estados Unidos, mas hoje ele foi o "pintor-chefe" em um abrigo para adolescentes carentes, como parte de um dia dedicado ao serviço aos demais em honra a Martin Luther King. Neste dia, outros políticos possivelmente estariam preparando um discurso que entrará para a história, mas Obama tirou a jaqueta, arregaçou uma camisa impecavelmente branca e colocou a "mão na massa". Acompanhado por Martin Luther King III, o filho do assassinado defensor dos direitos dos negros, Obama ajudou a pintar um quarto na Sasha Bruce House, que fica perto do Congresso. Obama escolheu este projeto para dar ênfase na mensagem de unidade com o qual envolveu sua posse como presidente, em um dia no que os EUA lembram o aniversário de King, que hoje faria 80 anos. "Não se deve subestimar o poder do povo que se une para conseguir coisas importantes", disse o presidente eleito à imprensa que entrou com ele na Sasha Bruce House, mas com um olhar também nos adolescentes negros da casa que o observavam. "Lembremos a lição de King: que nossos sonhos separados são na realidade um só", afirmou Obama.
EFE cma/ma Q:POL:pt-BR:11006000:Política:Governo 01/19/19-46/09 19/01/2009 - 13h16
EFE cma/ma Q:POL:pt-BR:11006000:Política:Governo 01/19/19-46/09 19/01/2009 - 13h16
Obama evoca Luther King e faz chamado ao voluntariado a um dia da posse da Folha Online
Como quase tudo ligado a Obama, o projeto de voluntariado já tem site na internet por meio do qual os americanos podem localizar uma atividade na qual se engajar, perto de sua casa. "Peço que vocês façam um último compromisso para melhorar a vida dos americanos. Um compromisso que deve durar mais que um dia, mais que uma Presidência", afirmou Obama em uma declaração publicada no site YouTube, na semana passada.
Como quase tudo ligado a Obama, o projeto de voluntariado já tem site na internet por meio do qual os americanos podem localizar uma atividade na qual se engajar, perto de sua casa. "Peço que vocês façam um último compromisso para melhorar a vida dos americanos. Um compromisso que deve durar mais que um dia, mais que uma Presidência", afirmou Obama em uma declaração publicada no site YouTube, na semana passada.
O QUE ENSINAR? (ARTIGO 003/2009)
"É necessário toda uma aldeia para educar uma criança." (ditado africano)
Estamos em tempo de muitas mudanças, acompanhadas de grande velocidade. Os grupos que promovem o lazer, empenham-se cada vez mais em trazer novidades para entreter, em trazer comodidades cadavez mais instantâneas, em promover ilusões como coisa real. Diante de continuada exposição para crianças e jovens, sem a informação clara do preço que se paga, o prejuízo torna-se maior e iniciam-se os conflitos na família e no meio social. Quando se atinge o sentimento em demasia, existe a facilidade em se perder a razão.
Faz-se necessário e urgente a educação, como ferramenta de mudança para alcançar o equilíbrio.
A pergunta que se faz é o que ensinar e como ensinar.
Parte do texto abaixo, direciona também nesse sentido.
Globalização: Um jeito novo de se viver Por: Gelci Agne
Globalização: Um jeito novo de se viver na família, na escola e na sociedade. Que pedagogia pode nos amparar? Vivemos o tempo da globalização. É possível tomar café brasileiro, numa xícara chinesa, vestido de algodão indiano, fumar charuto cubano e visitar um show-room ou tratar de negócios num show business norte-americano da varanda de casa, afirma Edgar Morin. O que acontece no Japão imediatamente toma-se conhecimento no Brasil. Ou ainda, é possível tomar café da manhã no Brasil, almoçar nos Estados e jantar na Europa. Velocidade semelhante à aéreo-dinâmica acontece nas informações, seja por meio de satélites, de ferramentas virtuais, áudio-visuais ou outros sistemas ultramodernos similares, os quais a informação neste momento, ainda não nos oportuniza.
Muito embora a informação ocorra entre todos os continentes quase que instantaneamente, a formação dos seres humanos, segue a passos lentos, bem como o acesso aos espaços de efetiva formação humana. Os recursos tecnológicos, a telecomunicação, a mídia, os avanços científicos enfim, adentram todas as áreas do conhecimento humano e, permitem operações até pouco tempo inimagináveis.
O mundo ficou menor. Encurtou-se as fronteiras físicas, mas infelizmente, aumentou-se o distanciamento entre os seres humanos. A diferença social é gritante no mundo inteiro. Os países mais ricos, localizados acima da Linha do Equador oportunizam melhor qualidade de vida aos seus habitantes, enquanto nos países mais pobres, ao Sul da Linha do Equador, a injustiça social deixa à margem a maior parte de sua população excluída do direito a uma vida digna.
A vida de alguns tem mais valor que a de outros. Se de um lado a Ciência avança ao perscrutar caminhos novos, como as células tronco, por exemplo. Pergunta-se: para a vida de quem? Quem de fato tem acesso à saúde digna, garantida na Constituição Federal?
Globalizou-se a miséria paralelamente e, pela lógica do sistema capitalista a exclusão social faz parte do processo de evolução, contando que o lucro de alguns poucos seja garantido, não importa se às custas da miséria, da doença e da fome de muitos seres humanos ou da destruição da Natureza.
Neste cenário, estabelece-se um aparthaid dissimulado. Como não bastasse a profundidade das feridas causadas no tecido social, além do estresse da competitividade, produz ainda a intolerância e o desrespeito às diferenças. Daí advém o preconceito social, racial, aos idosos, às pessoas com necessidades especiais, ou com HIV, a questão de gênero e a xenofobia entre outras.
Vivemos um mundo da plasticidade. O plástico, o descartável, o bonito, o show, muitas luzes e fogos para iluminar a escuridão que adentra as relações humanas, onde a plasticidade necessária, não há. Ao contrário, o diálogo, a solidariedade e o afeto, estão afetados pela indiferença e o individualismo. O ser humano vem perdendo sua essência, em detrimento à aparência. O ‘parecer-ser’ inda que efêmero, vem fazendo a cabeça de jovens e adultos, indistintamente. Se a cirurgia plástica alcança quase que a eternidade da beleza física, não se percebe os mesmos avanços na construção interior, nas relações afetivo-emocionais e sociais.
A desvalorização da vida e o esvaziamento do ser, cederam espaço à insatisfação pessoal e por conseguinte, à droga e à violência urbana.
Um mundo onde todos têm que ser bem sucedidos e logo, porque todos têm pressa e muita pressa, o trânsito tornou-se o maior vilão. A cada dia deixa um rastro de sangue ao ceifar vidas e produzir uma multidão de mutilados, entre os quais, as maiores vítimas são os jovens.
Neste espaço de convivência social, a falta de tempo para as coisas simples da vida familiar e social, associado à influência que os meios de comunicação provocam pela alienação em decorrência da falta de seletividade ou reflexão sobre como os retalhos estão sendo costurados, tem gerado uma sociedade de ânimos exacerbados, doenças, pessoas insatisfeitas e muitos infelizes.
Este é o mundo que aí está. Um mundo de mudanças radicais na família e na sociedade. A escola como peça integrante deste sistema de relações sociais, à medida que recebe também emite influências. Esta reflexão no entanto, não tem a mínima intenção de adentrar pela questão político-educacional do sistema de ensino em vigor no estado ou no país. Despretensiosamente, o desejo aqui é um simples repensar da prática pedagógica, refletir sobre as limitações sentidas no cotidiano do contexto escolar, diante dessa avalanche de mudanças. Nesta perspectiva, buscar respostas à pergunta que não quer calar: qual a Pedagogia possível para dar suporte aos medos, as frustrações e a desesperança dos educadores e educadoras?
Qual a Pedagogia capaz de atender os anseios e necessidades dos educandos e educandas? E ainda ao mesmo tempo, provocar a realização da função social da escola como agente de transformação social? Qual a Pedagogia capaz de libertar os sujeitos das amarras desta história concreta que vai se escrevendo no dia a dia de nossa sociedade? Primeiro, para escrever conscientemente, a história no dia a dia, há que fazer-se a leitura deste mundo e compreendê-la com todas as suas imbricações, como construção coletiva. Segundo, de posse desta leitura, perceber-se como parte integrante desta história que está sendo construída com ou sem a sua participação e, então como sujeito, perguntar-se: Que história escrevo com o meu trabalho diário no convívio com os demais atores sociais que fazem parte deste contexto?
Inquietações, angústias, responsabilidades... e, em meio a tantas incertezas, a certeza: faz-se necessário uma dupla libertação: a liberdade no fazer-que-pedagógico e um fazer-pedagógico comprometido com a libertação dos sujeitos sociais. As buscas de respostas teóricas direcionam o pensar para a Pedagogia da Libertação e, seus pressupostos apontam para libertação da Pedagogia. Seria então, a Pedagogia Freireana a direção que esta bússola indica? Referencial teórico: Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido, RJ, Paz e Terra, 1987. ______________. Pedagogia da Autonomia, SP, Paz e Terra, 1996.
Faz-se necessário e urgente a educação, como ferramenta de mudança para alcançar o equilíbrio.
A pergunta que se faz é o que ensinar e como ensinar.
Parte do texto abaixo, direciona também nesse sentido.
Globalização: Um jeito novo de se viver Por: Gelci Agne
Globalização: Um jeito novo de se viver na família, na escola e na sociedade. Que pedagogia pode nos amparar? Vivemos o tempo da globalização. É possível tomar café brasileiro, numa xícara chinesa, vestido de algodão indiano, fumar charuto cubano e visitar um show-room ou tratar de negócios num show business norte-americano da varanda de casa, afirma Edgar Morin. O que acontece no Japão imediatamente toma-se conhecimento no Brasil. Ou ainda, é possível tomar café da manhã no Brasil, almoçar nos Estados e jantar na Europa. Velocidade semelhante à aéreo-dinâmica acontece nas informações, seja por meio de satélites, de ferramentas virtuais, áudio-visuais ou outros sistemas ultramodernos similares, os quais a informação neste momento, ainda não nos oportuniza.
Muito embora a informação ocorra entre todos os continentes quase que instantaneamente, a formação dos seres humanos, segue a passos lentos, bem como o acesso aos espaços de efetiva formação humana. Os recursos tecnológicos, a telecomunicação, a mídia, os avanços científicos enfim, adentram todas as áreas do conhecimento humano e, permitem operações até pouco tempo inimagináveis.
O mundo ficou menor. Encurtou-se as fronteiras físicas, mas infelizmente, aumentou-se o distanciamento entre os seres humanos. A diferença social é gritante no mundo inteiro. Os países mais ricos, localizados acima da Linha do Equador oportunizam melhor qualidade de vida aos seus habitantes, enquanto nos países mais pobres, ao Sul da Linha do Equador, a injustiça social deixa à margem a maior parte de sua população excluída do direito a uma vida digna.
A vida de alguns tem mais valor que a de outros. Se de um lado a Ciência avança ao perscrutar caminhos novos, como as células tronco, por exemplo. Pergunta-se: para a vida de quem? Quem de fato tem acesso à saúde digna, garantida na Constituição Federal?
Globalizou-se a miséria paralelamente e, pela lógica do sistema capitalista a exclusão social faz parte do processo de evolução, contando que o lucro de alguns poucos seja garantido, não importa se às custas da miséria, da doença e da fome de muitos seres humanos ou da destruição da Natureza.
Neste cenário, estabelece-se um aparthaid dissimulado. Como não bastasse a profundidade das feridas causadas no tecido social, além do estresse da competitividade, produz ainda a intolerância e o desrespeito às diferenças. Daí advém o preconceito social, racial, aos idosos, às pessoas com necessidades especiais, ou com HIV, a questão de gênero e a xenofobia entre outras.
Vivemos um mundo da plasticidade. O plástico, o descartável, o bonito, o show, muitas luzes e fogos para iluminar a escuridão que adentra as relações humanas, onde a plasticidade necessária, não há. Ao contrário, o diálogo, a solidariedade e o afeto, estão afetados pela indiferença e o individualismo. O ser humano vem perdendo sua essência, em detrimento à aparência. O ‘parecer-ser’ inda que efêmero, vem fazendo a cabeça de jovens e adultos, indistintamente. Se a cirurgia plástica alcança quase que a eternidade da beleza física, não se percebe os mesmos avanços na construção interior, nas relações afetivo-emocionais e sociais.
A desvalorização da vida e o esvaziamento do ser, cederam espaço à insatisfação pessoal e por conseguinte, à droga e à violência urbana.
Um mundo onde todos têm que ser bem sucedidos e logo, porque todos têm pressa e muita pressa, o trânsito tornou-se o maior vilão. A cada dia deixa um rastro de sangue ao ceifar vidas e produzir uma multidão de mutilados, entre os quais, as maiores vítimas são os jovens.
Neste espaço de convivência social, a falta de tempo para as coisas simples da vida familiar e social, associado à influência que os meios de comunicação provocam pela alienação em decorrência da falta de seletividade ou reflexão sobre como os retalhos estão sendo costurados, tem gerado uma sociedade de ânimos exacerbados, doenças, pessoas insatisfeitas e muitos infelizes.
Este é o mundo que aí está. Um mundo de mudanças radicais na família e na sociedade. A escola como peça integrante deste sistema de relações sociais, à medida que recebe também emite influências. Esta reflexão no entanto, não tem a mínima intenção de adentrar pela questão político-educacional do sistema de ensino em vigor no estado ou no país. Despretensiosamente, o desejo aqui é um simples repensar da prática pedagógica, refletir sobre as limitações sentidas no cotidiano do contexto escolar, diante dessa avalanche de mudanças. Nesta perspectiva, buscar respostas à pergunta que não quer calar: qual a Pedagogia possível para dar suporte aos medos, as frustrações e a desesperança dos educadores e educadoras?
Qual a Pedagogia capaz de atender os anseios e necessidades dos educandos e educandas? E ainda ao mesmo tempo, provocar a realização da função social da escola como agente de transformação social? Qual a Pedagogia capaz de libertar os sujeitos das amarras desta história concreta que vai se escrevendo no dia a dia de nossa sociedade? Primeiro, para escrever conscientemente, a história no dia a dia, há que fazer-se a leitura deste mundo e compreendê-la com todas as suas imbricações, como construção coletiva. Segundo, de posse desta leitura, perceber-se como parte integrante desta história que está sendo construída com ou sem a sua participação e, então como sujeito, perguntar-se: Que história escrevo com o meu trabalho diário no convívio com os demais atores sociais que fazem parte deste contexto?
Inquietações, angústias, responsabilidades... e, em meio a tantas incertezas, a certeza: faz-se necessário uma dupla libertação: a liberdade no fazer-que-pedagógico e um fazer-pedagógico comprometido com a libertação dos sujeitos sociais. As buscas de respostas teóricas direcionam o pensar para a Pedagogia da Libertação e, seus pressupostos apontam para libertação da Pedagogia. Seria então, a Pedagogia Freireana a direção que esta bússola indica? Referencial teórico: Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido, RJ, Paz e Terra, 1987. ______________. Pedagogia da Autonomia, SP, Paz e Terra, 1996.
APRENDENDO COM A VIDA (ARTIGO 003/2009)
Caros amigos e voluntários.
Segue um texto que recebi e que segue dentro da filosofia da VAL .
Divido com vocês.
Um grande abraço para todos.
Damião.
Segue um texto que recebi e que segue dentro da filosofia da VAL .
Divido com vocês.
Um grande abraço para todos.
Damião.
APRENDENDO COM A VIDA
Costuma-se algumas vezes iniciar frases com o termo “antigamente....”
Pois bem, “antigamente”:
Antigamente costumava-se olhar o meio ambiente e especular com grande certeza sobre o tempo: se choveria ou faria sol, sobre as safras se seriam boas ou ruins, sobre o calor durante os dias e as noites.
Antigamente os cientistas aguardavam as reações nas pesquisas, para torná-las públicas e seguras.
Antigamente as mães e pais acompanhavam e entendiam os filhos, existia tempo para isto. Antigamente não se reclamava das folhas das árvores que caiam, porque sujavam o chão ou rachavam as calçadas.
Antigamente entendia-se porque mosquitos e tanajuras saiam de suas casas em tempo de mudanças.
Antigamente.
Claro que o progresso é o caminho natural. Outros dirão que tudo tem um começo, um meio e um fim.
Claro que muitos dirão que hoje está melhor ou pior; não é esta a questão, mas o quanto estamos passando, ou repassando em sofrimento, para manter a melhoria.
Não é o carro novo que temos que esquecer e voltar ao lombo do cavalo. Não é o computador que temos que esquecer e voltar as velhas formas de comunicação.
Não é o equipamento médico sofisticado, que temos que esquecer e apelar para os milagres.
A lei é de evolução.
A lei é de evolução.
Em nome do poder e do prazer, criamos, levamos e trazemos sofrimento sem utilidade. De nada adianta ações isoladas para diminuir a dor, se não houver uma maior inclusão, uma maior união, desde o mais consciente até o menos consciente. O que se discute é o desequilíbrio no trato com a vida.
É a falta de tempo para conhecer-se a sí mesmo, conforme ensinado, para que possa questionar o universo.
É o desrespeito consigo e com o todo.
É a falta de tempo para conhecer-se a sí mesmo, conforme ensinado, para que possa questionar o universo.
É o desrespeito consigo e com o todo.
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Ao primeiro trovão mais forte nos apavoramos, igualzinho aos nossos antepassados das cavernas. Pela falta de conhecimento.
Ao primeiro calor mais forte e entramos em pânico em busca da solução rápida (o ventilador, o banho, o condicionador de ar, a sombra da árvore, etc).
Tá bom, mas... E depois? Volta o mêdo? Qual a solução?
A primeira falta de água, o corre-corre prá solução rápida (encher logo meu tanque, meu poço, guardar, meu...). O susto!
Tá bom, mas... E depois?
Ao primeiro ....
Sim, lá estamos nós outra vez no pensamento isolado, na solução isolada, no meu grupo, minha casa, minha família, meu, minha....
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Será que esquecemos tudo que já aprendemos?
“sua mãe nunca lhe ensinou a não brincar com comida?” (Frase do filme Rei Leão).
“você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa” (Livro Pequeno Príncipe).
“... de que adianta construir arranha-céus, se não existem humanos para morar neles? (Livro Olhai os lírios do campo)
“...o grau de liberdade é diretamente proporcional ao grau de responsabilidade”.
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Esta semana conversando com um professor escutava: “Chamei uma das mães à escola e a mãe me informou que não consegue controlar seu filho menor.”
Sendo assim, o professor não consegue ensinar sem o apoio doméstico;
Os parentes já se tornam cada vez mais raros quando se trata desse tipo de apoio;
O policial não consegue sem o apoio do Estado;
O Estado não consegue sem o apoio da Justiça; e as Leis não atingem o equilíbrio social, dentro da liberdade, responsabilidade e no tempo necessário.
E a sociedade tenta resolver como pode....
“ Como resolver se temos pouca união, se cada vez mais nos aprisionamos em grupos específicos, comodidades cada vez mais descartáveis, e nos conhecemos menos?
Não devemos esquecer como nos foi ensinado, “existe uma ligação e uma lição em tudo”.
Tempo para tudo...
O tempo da inquietação passa em seu tempo natural.
Temos que voltar a aprender a nos aclamar, nos aquietar, saber esperar, aprender a sermos pacientes; para entender e ajudar na construção universal.
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Já estamos aprendendo a “criar” e cultivar a vida; porém temos que entender a independência e ao mesmo tempo união de tudo isto.
Como é que se pode tirar a vida do animal, do vegetal e não sentir isto; e não respeitar isto?
Se isso continuar, logo estaremos sem nenhuma companhia e será o fim.
Temos que saber que não temos nada aqui e entendermos que somos parte do todo aqui.
Temos que voltar a entender nossa ligação com tudo e nos comportar como amigos e irmãos.
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Vamos escutar o próximo e conversar mais com os outros, escutar mais a natureza.
Aprender a ensinar o que aprendemos.
Aprender a servir.
Aprender a cuidar melhor da vida.
Tornar-se amor na criação.
Evoluir.
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